sábado, 3 de maio de 2014

A MENINA QUE GOSTAVA DE PÃO DE QUEIJO

Ela gostava de filmes, livros e de pão de queijo.

Não havia comida no mundo que a menina gostasse mais. Pão de queijo goiano feito na hora, com queijo curado, polvilho azedo, ovinhos de galinha caipira, feitos pela vovó Divina. Mas, em último caso, também servia pão de queijo comprado na padaria. Melhor que nada.

Ela brincava e comia pão de queijo.

Ela via filmes comendo pão de queijo.

Ela almoçava pouco, pensando no pão de queijo, que comia logo em seguida.
Pão de queijo, pão de queijo. Sonhava com eles. Que pizza, que nada. Torta de não-sei-o-quê. O negócio era pão de queijo.

Pão de queijo quente, frio, amanhecido. Pão de queijo, pão de queijo, pão de queijo.

Na última Páscoa ela ganhou dos avós um enorme ovo de Páscoa de uma marca famosa. Ela adorou! Tirou a embalagem, abriu, se admirou do tamanho, até tirou uma foto simulando uma grande mordida naquele ovo gigante. Na verdade, deu uma pequena mordida. E só. Guardou o chocolate e foi brincar. No seu pensamento, uma ideia brilhante: "E se alguém fizesse um ovo de Páscoa de pão de queijo?"

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