sexta-feira, 22 de julho de 2011

DA FRAGILIDADE


Frágil é o que se quebra ou se desfaz facilmente; quebradiço, débil, fraco, pouco resistente. Em sentido figurado, sujeito a sucumbir às tentações, leviano, efêmero ou transitório.


Conversávamos essa semana e falamos da fragilidade da vida, o quanto isso assusta e traz desconforto. A vida é frágil, nós somos frágeis, as relações são frágeis, os estados, até as certezas. É paradoxo, uma certeza ser frágil, mas na condição humana, as certezas não são tão certas; são frágeis, sim.


Você se assusta diante dessa fragilidade. Eu acho que a beleza está na fragilidade, porque ela nos leva a valorizar mais o que temos, o que vivemos, o que saboreamos. Porque isso passa, fica a lembrança, ou em casos menos felizes, ficam a culpa e o remorso. Mas também penso que se frágil é efêmero, transitório, frágil está contido num todo que não acaba, que é eterno. Frágil está na eternidade, é uma das faces, um dos lados. Não há porque temer.


É belo ter o amor de uma pessoa sabendo que tudo é frágil, inclusive os sentimentos. E vem a tempestade... o amor balança, mas não cai. Vem o tufão, o amor cai, roda com o vento, consegue se segurar e permanece. E vêm mais coisas, e o amor apesar de tudo, continua, resiste, cresce e fica mais forte. E talvez não seja assim tão frágil.

"A vida é mesmo coisa muito frágil, uma bobagem, uma irrelevância diante da eternidade do amor de quem se ama."  (Nando Reis) 

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